domingo, 6 de abril de 2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

Cores de Movimento

Matéria publicada na capa do Caderno Fim de Semana do Jornal de Piracicaba no dia 28 de março de 2008.

Cores de Movimento

Tendo a dança e a música como principais elementos da cena, “Pincel do Som”, que estréia hoje, às 20h, no Sesc Piracicaba, se configura no cenário da arte contemporânea e conceitual como um trabalho multidisciplinar. Não por simplesmente colocar duas bailarinas (Christiane Matallo e Marcela Benvegnu), um músico (Gilberto de Syllos) e um instrumento de cordas (Rabecão da Silva) no palco, mas sim por não fazer distinções entre estas funções, que dependem umas das outras para a total realização da montagem. Durante a apresentação, o artista plástico Chico Coelho compõe uma obra que será doada à Casa do Bom Menino. A entrada é gratuita.

No espetáculo, o movimento dos intérpretes é ativado pela idéia de “ser” um pincel, que a todo tempo pinta um novo espaço e que consequentemente gera sons. Desta forma, o trabalho se transforma a cada uma das cenas e remete às sensações e vivências dos próprios artistas. “‘Pincel do Som’ rompe em alguns momentos com técnicas de dança pré-estabelecidas e permite que novos caminhos e possibilidades de movimento sejam encontradas, sem que os intérpretes se prendam a uma única corrente estética”, fala Christiane.

Por mais pesquisas e novas possibilidades de movimento que as bailarinas realizem, elas sempre carregarão em seus corpos marcas de suas próprias vivências, pois não há como desgrudá-las da própria carne. Na contramão desta concepção, o instrumentista — bailarino não profissional — encontrou com facilidade caminhos para realizar sua dança. “É a idéia do corpo sem registro”, fala Marcela. “Aquele corpo que não foi contaminado por nenhuma escola ou forma de movimento. É dele que saem as mais puras formas de dança.”

No trabalho, os corpos se desdobram, alcançam posições e formas não convencionais aliadas ao instrumento. O movimento é a música. E a música é o próprio movimento dos corpos. “Nossa grande questão é saber como e qual é o pincel do som de cada um”, fala Christiane, que assina a direção de movimento. “O trabalho fala de relações, quebra de padrões, identidade, aceitação. Não optamos pelo convencional, pelo que o nosso corpo já sabe fazer. Nossa meta foi descobrir novas formas de fazer dança”, diz Marcela.

“Pincel do Som” será apresentado como trabalho convidado em mostras e festivais na América do Norte no segundo semestre. Diversas cidades da Europa — como Holanda, Alemanha e Bélgica — recebem o espetáculo para uma turnê em janeiro de 2009.

MÚSICA DE PINCEL - Um dos pontos altos da concepção é a trilha sonora, na qual fica nítida a participação efetiva dos intérpretes. “A música foi composta especialmente para o trabalho e criada de uma maneira espontânea e intuitiva, usando o contrabaixo acústico, o piano preparado e mais de 150 pincéis de diversos artistas plásticos”, revela De Syllos, que assina a trilha ao lado de Christiane. “Separei esses pincéis em famílias e cada uma possui um timbre diferente. Alguns têm cerdas maiores, outros são mais leves e menores, outros apresentam som de gota. Cada um tem sua particularidade e importância”, aponta o contrabaixista. De Syllos ressalta que no trabalho o intérprete da dança vira compositor da própria trilha e o músico da obra, intérprete do corpo. “Ambos usam o pincel como fio condutor para suas linguagens”, completa De Syllos.

Parte da música do espetáculo é executada ao vivo pelos intérpretes, que usam como elementos pincéis e quilos de arroz cru. “Assim como os corpos, os pincéis têm suas histórias e evocam a memória das obras que um dia configuraram e que hoje ganharam novos espaços. Por isso fizemos questão de que todos os pincéis fossem doados por artistas plásticos e que eles assinassem seus nomes neles”, conta Marcela. “Os pincéis são de artistas plásticos piracicabanos e a cada apresentação, cidade e país que formos passando nosso acervo de pincéis irá crescer”, revela Christiane. “Em alguns momentos eles até dançam, se tornam extensões do nosso corpo.”

Marcela conta que o arroz tem uma sonoridade própria e que isso também condiz com a linha do espetáculo. “O arroz tem uma ampla simbologia. Todos comem arroz, independente de classe social; ele está presente em todas as culturas, oriental e ocidental; figura em comemorações como batismo e casamentos e possui várias outras denominações”, diz. “Na simbologia das artes, os grãos significam a matéria. Levamos isso para o espetáculo como o resultado da obra, da criação, que depois é consumida por alguém”, completa Marcela.

“Pincel do Som” tem duração de 50 minutos. Após a apresentação o público é convidado a participar de um bate-papo com os artistas.

SERVIÇO — “Pincel do Som”, com Christiane Matallo, Marcela Benvegnu, Gilberto de Syllos e Rabecão da Silva. Estréia hoje, às 20h, no Sesc Piracicaba (rua Ipiranga, 155). A entrada é gratuita. Data, local e horário foram enviados pelos organizadores. Mais informações (19) 3437-9292.

domingo, 23 de março de 2008

Fotos - Divulgação 1

Aqueles que quiserem fotos de divulgação para matérias/publicações antes da estréia, podem nos solicitar via e-mail. Postaremos alguns samples aqui para vocês.

Equipe Pincel do Som

Para acompanharem a ordem cronológica deste blog, favor se pautar pelos links que estão no lado esquerdo da tela. Eles estão na ordem correta de leitura.
Obrigada e bom espetáculo!!

Foto 1 / Legenda: Gilberto de Syllos, Rabecão da Silva, Marcela Benvegnu e Christiane Matallo
Crédito: Marily Volpe

Foto 2/ Legenda: Christiane Matallo

Crédito: Marcela Benvegnu

Foto 3/ Legenda: Marcela Benvegnu

Crédito: Christiane Matallo

Foto 4/ Legenda: Gilberto de Syllos

Crédito: Marcela Benvegnu

Foto 5 / Legenda: Gilberto de Syllos, Rabecão da Silva, Marcela Benvegnu e Christiane Matallo

Crédito: Marily Volpe

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

ESTRÉIA - 28 DE MARÇO

Em Piracicaba,

no SESC

rua Ipiranga, 155

Dia 28/03

Sexta, às 20h

Entrada gratuita

Informações (19) 3437-9292

Espetáculo pincelado pela multidisciplinaridade de expressões, onde os artistas Christiane Matallo, Marcela Benvegnu, Gilberto De Syllos e Rabecão da Silva interagem com o público tocando instrumentos com pincéis, pintando o espaço com o corpo e gerando som através de movimentos, numa troca de estímulos plásticos, corporais e sonoros.

Para acessar no site do Sesc:

http://www.sescsp.org.br/sesc/programa_new/mostra_detalhe.cfm?programacao_id=129526

QUEM SOMOS? / GILBERTO DE SYLLOS

GILBERTO DE SYLLOS

Gilberto de Syllos é bacharel em Música pela Universidade Estadual de Campinas, dedica-se ao contrabaixo acústico desde 1995. Em 1997, lançou o álbum “Tocando Baixo”, trabalho que foi selecionado para o prêmio Sharp daquele ano.

É um dos autores do livro “Bateria e Contrabaixo na Música Popular Brasileira” (ed. Lumiar / 2003), junto com Ramon Montanhaur. O livro editado por Almir Chediak é usado em escolas e faculdades de música no Brasil e exterior. Foi o contrabaixista e violonista de musicais em São Paulo, como, “Suburbano Coração”, de de Chico Buarque e Naum Alves e “Cole Porter... Ele Nunca Disse Que Me Amava”, produzido por Ciro Batelli.

Desde 2003, é o contrabaixista do Quinteto Paulo Jobim. Integra o Marcelo Onofri Quinteto, Dualle, (dueto com o saxofonista Flávio Corilow) e o Hot Jazz Club (CDhomônimo/2004- produzido por Zuza Homem de Mello). Recentemente participou do CD vencedor do prêmio Visa – Izabel Padovani (2006–Eldorado) e fez a direção musical do novo trabalho do compositor, pianista, cantor e arranjador Marcelo Onofri (Temporâneo-2007).

Como instrumentista atua em estúdios de gravação, tendo participado de inúmeros CDs e shows de artistas como Paulo Jobim, Hermeto Paschoal e Roberto Menescal. Lecionou na Faculdade Paulista de Artes como professor de contrabaixo e história da MPB. Atualmente é professor da faculdade Berklee Souza Lima em São Paulo, onde é o responsável pelo curso técnico de contrabaixo.

Desde 2003 desenvolve uma pesquisa musical, ao lado da sapateadora e saxofonista Christiane Matallo, que interage sapateado, percussão corporal e contrabaixo elétrico e acústico. Com o show “da Corda pro pé”, realizaram em 2005 e 2006 uma turnê pelos Estados Unidos no qual participou também dos maiores festivais de sapateado, além de ministrar workshops sobre música brasileira.

Em julho de 2007 voltou aos Estados Unidos para diversas apresentações, incluindo o espetáculo “da Corda pro Pé” além de workshops e lançamento dos DVDs “A Arte de Sapatear com Christiane Matallo”, no qual assina a direção musical.

QUEM SOMOS? / MARCELA BENVEGNU

MARCELA BENVEGNU

Marcela Benvegnu é bailarina (drt. 3325) e jornalista (mtb. 038093), pós-graduada em Estudos Contemporâneos em Dança pela Universidade Federal da Bahia, onde desenvolveu uma monografia inédita no país sobre o JAZZ DANCE - Swing Descompassado - A re-territorialização da identidade do Jazz Dance no Brasil por uma perspectiva co-evolutiva, sob orientação da Dra. Fabiana Dultra Britto.

É mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC (Pontifícia Universidade Católica), de São Paulo. Sua dissertação versa sobre a diferença entre a crítica de dança do jornal “O Estado de S. Paulo” e da “Folha de São Paulo” nos anos 2000. A orientação foi inicialmente do Dr. Arthur Nestrovski e posteriormente da Dra. Leda Tenório da Motta.

Especializou-se na editoria de cultura e há quatro anos escreve para veículos especializados no assunto. Atua como repórter de cultura e arte do Jornal de Piracicaba (www.jornaldepiracicaba.com.br) desde 2004, no qual assina a coluna Tudo É Dança, publicada semanalmente no caderno Fim de Semana, desde abril de 2006. A coluna tem versão online http://www.tudoedanca.blogspot.com/

Já esteve como jurada, palestrante, crítica ou jornalista convidada em eventos como o Dança Ribeirão, Festival Internacional de Sapateado, Livrespaço para Dança –13ª Edição, Prêmio Imprensa de Dança, Sapateia São Paulo, Temporada de Balé Russo de São Paulo, Corpo Rastreado na Galeria Olido, Festival de Dança de Londrina, Olhares Sobre o Corpo, e outros.

Em 2006, lançou o livro “na Dança”, em parceria com outras jornalistas pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Atuou como única crítica de dança convidada no Festival de Dança de Joinville em 2006 e 2007.

É integrante da Companhia de Dança Christiane Matallo, de Campinas há cinco anos, tendo participado de montagens como “Suíte para Tom Jobim”, “Ciclos”, “Que Dia é Hoje?” e outras, que abrangem coreografias de jazzdance, dança contemporânea, balé clássico e sapateado. Em 2008 integrou a Ala Sapateia São Paulo, na Escola de Samba Mocidade Alegre, no Carnaval de 2008.

QUEM SOMOS? / CHRISTIANE MATALLO

CHRISTIANE MATALLO A bailarina, coreógrafa, musicista e cantora Christiane Matallo iniciou seus estudos em dança com apenas três anos de idade. É a única artista que sapateia e toca sax tenor simultaneamente no mundo. Graduada em dança pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) é diretora residente do Studio de Dança Christiane Matallo, de Campinas, desde 1995.

Trabalhou como performer do projeto AtoContAto do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora da Unicamp, coordenado pelo Dr. Jônatas Manzolli e se apresentou na Inglaterra e Áustria.

É diretora artística e organizadora do Brazil Internacional Tap Festival, que em 2007 chegou a sua oitava edição e do Sapateia São Paulo, que comemora o Dia Internacional do Sapateado (25 de maio) na cidade de São Paulo. É a idealizadora da Lei do Dia do Sapateado no país, que foi aprovada na Câmara dos Vereadores ano passado.

Desde 2004 apresenta o espetáculo “da Corda pro Pé”, que reúne música, dança, canto e poesia. Nele Christiane dança, toca saxofone tenor, piano e pandeiro ao mesmo tempo em que sapateia, interpreta e canta. O espetáculo ficou em turnê nos Estados Unidos em julho e agosto de 2005, 2006 e 2007. A bailarina já deu aulas em diversos festivais do mundo com destaque para o New York City Tap Festival (NY) e Los Angeles Tap Festival (LA).

Em 2006 Christiane lançou dois DVD´s de sapateado inéditos no Brasil. Intitulado “A Arte de Sapatear com Christiane Matallo”, foi lançado em 27 países e quatro idiomas. No carnaval de 2007 foi destaque como Carmem Miranda, da Escola de Samba Mocidade Alegre em São Paulo, escola campeã deste ano e também foi convidada para integrar o cast do grupo de percussão Stomp em NY.

Em fevereiro de 2008, coreografou a primeira ala de sapateado para o desfile da Mocidade Alegre, que foi amplamente divulgada pela mídia televisiva e jornalística no Brasil como elemento de destaque do carnaval de São Paulo.

O QUE SOMOS?

C H R I S T I A N E M A T A L L O

M A R C E L A B E N V E G N U

G I L B E R T O D E S Y L L O S

R A B E C Ã O D A S I L VA

apresentam:

PINCEL DO SOM

Tendo a música e a dança como principais elementos da cena, “Pincel do Som” se configura no cenário da dança contemporânea mundial como um trabalho inovador.

Não por simplesmente colocar duas bailarinas (Christiane Matallo e Marcela Benvegnu), um músico (Gilberto de Syllos) e um instrumento de cordas (Rabecão da Silva) no palco, mas sim, por não fazer distinções entre estas funções, que dependem totalmente umas das outras no desenvolvimento da obra.

Obra na qual o movimento dos intérpretes é ativado pela idéia de Ser um pincel, que a todo tempo, pinta um novo espaço que conseqüentemente gera sons.

Desta forma, o trabalho se transforma a cada uma das cenas que remete as sensações e vivências dos próprios artistas. “Pincel do Som” rompe em alguns momentos com técnicas de dança pré-estabelecidas e permite que novos caminhos e possibilidades de movimentos sejam encontrados, sem que os intérpretes se prendam a uma única corrente estética.

Porém, por mais pesquisas e novas possibilidades de movimento que as intérpretes realizem, elas sempre carregarão em seus corpos marcas de suas próprias vivências, pois não há como desgrudá-las da própria carne.

Na contramão desta concepção, o instrumentista - bailarino não profissional - encontrou com facilidade caminhos para realizar sua dança não provida de estética ou influências durante o processo de pesquisa de movimentos e laboratórios.

No trabalho, os corpos se desdobram, alcançam posições e formas não convencionais aliadas ao instrumento. O movimento é música. E a música é o próprio movimento dos corpos.

A trilha sonora do espetáculo, na qual fica nítida a participação efetiva dos corpos dos intérpretes, foi composta especialmente para a montagem e criada de uma maneira espontânea e intuitiva usando o contrabaixo acústico, o piano preparado e mais de 140 pincéis de diversos artistas plásticos.

Parte da música é executada ao vivo pelos quatro intérpretes, que usam como elementos os pincéis e quilos de arroz.

Assim como os corpos, os pincéis têm suas histórias e evocam a memória das obras que um dia configuraram e na contemporaneidade ganharam novos espaços.

É interessante ressaltar, que o intérprete da dança vira compositor da própria trilha e o músico da obra, intérprete do corpo. Ambos usam o pincel como fio condutor para suas linguagens.

Optando pela multidisciplinaridade de processos, o trabalho preza pela inteiração com o público presente, tornando o espectador um co-pintor da obra à sua frente.

Com duração de aproximadamente 45 minutos “Pincel do Som” propõe uma reflexão com o público ao término da apresentação.

Durante cada espetáculo um artista plástico é convidado para compor uma obra simultaneamente a apresentação.